A partir da ideia de que as metrópoles globais onde vivem populações diversas serão, dentro de alguns anos, afetadas pelos mesmos problemas socioeconômicos e ambientais em graus variados, o presente ensaio discute duas experiências paralelas, relacionais e propositivas que têm como objetivo construir novas agendas para as cidades por meio da intervenção, da mobilização e da formação crítica de coletividades periféricas e situadas em contextos metropolitanos, o Observatório de Favelas no Rio de Janeiro e o Mapping San Siro em Milão. Entre as favelas do Rio e os conjuntos habitacionais de Milão existem muitas diferenças, como sua gênese formal/informal e sua institucionalidade, as condições espaciais e de infraestrutura, as oportunidades de trabalho e de mobilidade e a vida quotidiana. Há, porém, processos convergentes entre os dois contextos, como a favelização globalizada e a violência da cidade para com os subúrbios, sempre marginalizados e estigmatizados. Por meio de espaços e intervenções situados, as duas iniciativas, fundadas há 22 anos no caso carioca e há 10 anos no caso milanês, veem construindo parcerias diversas e re-significando o papel dos atores envolvidos. Ambas experiências, pautadas no enraizamento espaço-temporal, realizam uma virada ontológica na leitura dessas comunidades e abrem possibilidades a partir da aprendizagem colaborativa.

Formar, mobilizar, intervir: o que podem as trajetórias relacionais em contextos periféricos diversos

F. Cognetti de Martiis;L. Capanema Alvares;
2024-01-01

Abstract

A partir da ideia de que as metrópoles globais onde vivem populações diversas serão, dentro de alguns anos, afetadas pelos mesmos problemas socioeconômicos e ambientais em graus variados, o presente ensaio discute duas experiências paralelas, relacionais e propositivas que têm como objetivo construir novas agendas para as cidades por meio da intervenção, da mobilização e da formação crítica de coletividades periféricas e situadas em contextos metropolitanos, o Observatório de Favelas no Rio de Janeiro e o Mapping San Siro em Milão. Entre as favelas do Rio e os conjuntos habitacionais de Milão existem muitas diferenças, como sua gênese formal/informal e sua institucionalidade, as condições espaciais e de infraestrutura, as oportunidades de trabalho e de mobilidade e a vida quotidiana. Há, porém, processos convergentes entre os dois contextos, como a favelização globalizada e a violência da cidade para com os subúrbios, sempre marginalizados e estigmatizados. Por meio de espaços e intervenções situados, as duas iniciativas, fundadas há 22 anos no caso carioca e há 10 anos no caso milanês, veem construindo parcerias diversas e re-significando o papel dos atores envolvidos. Ambas experiências, pautadas no enraizamento espaço-temporal, realizam uma virada ontológica na leitura dessas comunidades e abrem possibilidades a partir da aprendizagem colaborativa.
2024
Territórios ex-Cêntricos: sujeitos, ações, interfaces
conhecimento compartilhado, aprendizado colaborativo, favela, Living Lab, Milão, Rio de Janeiro
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